quarta-feira, 19 de outubro de 2011

São Paulo a Barra do Una - 3º Dia

Durante a noite sonhei que a maré tinha subido tanto que a água do mar invadia minha barraca e eu simplesmente acordava observava o ocorrido e de tanto sono voltava a dormir sem dar importância para a água. Pela manhã quando acordei a primeira coisa que fiz foi verificar se tava tudo seco, mas tinha sido apenas um sonho mesmo.

Logo cedo subi no alto das pedras para tomar meu café da manhã composto de pão puro que eu havia comprado no dia anterior na Juréia e as maçãs que comprei na estrada para Peruíbe.
Durante o dia tomei muito banho de mar, com os dias nublados a água estava bastante gelada, difícil apenas para entrar, depois de mergulhar o corpo todo eu soltava um berro empolgado “UHUUUUULL!” tendo a certeza de que não existia ninguém ali por perto para me ouvir. Também fiz um pouco de parkour nas pedras e almocei as frutas secas que minha mãe tinha comprado para mim.



No fim da tarde, resolvi novamente subir nas pedras, dessa vez para escrever cartas para algumas pessoas queridas.

O céu foi escurecendo e entrei na barraca para terminar as tais cartas e quando já era noite saí pra caminhar e olhar o céu. Por volta das 22:00, enquanto eu olhava na câmera as fotos da viagem, me aparece um vulto no meio da escuridão da noite resmungando qualquer coisa, fiquei muito assustado e comecei a andar de pressa para longe dele que continuou me acompanhando até a hora que eu falei:

- Espera, não se aproxima de mim!

Na mesma hora ele parou onde estava e disse

-Não quero te fazer mal, não sou bandido nem nada, só quero saber se você tem maconha.

Me acalmei e me aproximei dele pra responder que não tinha.

O vulto que me deu um enorme susto se chamava Eliseu, devia ter seus 40 anos e era Paranaense, tivemos uma conversa rápida e eu até pensei em perguntar o que ele tava fazendo ali, caminhando sozinho no meio do breu da noite, mas antes de perguntar isso me ocorreu que minha presença ali também não fazia muito sentido. Nos despedimos, o Eliseu foi embora e eu fui dormir.

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